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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ponta Verde vai ganhar espaço de lazer com museu, aquário e elevador panorâmico

As ruínas expostas no meio da paisagem da orla de Maceió nem de perto lembram o que foi o saudoso Alagoinhas, com seus bailes amplamente frequentados na orla de Ponta Verde. Abandonado há muitos anos pela iniciativa privada, o espaço hoje é abrigo de usuários de drogas e prolifera a violência em seu entorno.
Mas de acordo com o governo do Estado, esse cenário está com os dias contados. O Alagoinha dará lugar ao chamado Marco Referencial, importante ponto estratégico para o turismo alagoano e que está pronto para ser executado.
A retomada desse espaço tem como objetivo dar ao local uma utilidade pública, resolvendo também questões de segurança. “Alagoas tem uma vocação turística aclamada, e o objetivo aqui é incentivar o cidadão a ocupar a cidade, a conhecer as potencialidades do Estado, integrando os habitantes locais e os visitantes”, explicou a secretária de Estado do Turismo, Danielle Novis.
A obra está orçada em R$ 18 milhões, provenientes de verba do Governo Federal. Ele terá uma estrutura montada em aço, no formato de um barco com velas, e será dotada de um projeto luminotécnico, de conceitos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. De acordo com o superintendente de investimentos da Setur, Marcos Pradines, o projeto não vai avançar um milímetro sequer da construção original, seguindo requisitos estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes.
O Marco conta com uma grande área de convivência, onde serão realizados shows e exposições de artistas alagoanos, além de quiosques servindo comidas típicas da terra. Ele terá um espaço voltado para o audiovisual, que vai mostrar as belezas do Estado, além de um ambiente que vai oferecer o treinamento de guias turísticos. Um elevador de 35 metros de altura permitirá ainda a chegada a um mirante, com uma visão completa da orla.
O projeto também traz vantagens para o meio ambiente, como explica um dos arquitetos responsáveis por ele, Marcos Vieira. “Toda a construção foi pensada de forma sustentável, desde a sua estrutura até os equipamentos dispostos nela. Utilizaremos materiais anticorrosivos, e que utilizem também novas tecnologias, para garantir fácil manutenção e durabilidade”, garante Marcos.
Para a redução de custos o Marco utilizará energia solar e eólica como fontes diretas de abastecimento elétrico, além de um reservatório com capacidade para a captação de 300 mil litros de água de chuva, para a utilização em descargas e higienização do lugar.
O projeto contempla ainda o desenvolvimento de uma gestão para administração desse espaço, que contará com mão de obra especializada em diversos setores. De acordo com Danielle Novis, o Estado acredita que assim que o Marco for entregue aos alagoanos, se tornará um referencial na cidade.
“O turismo é um grande multiplicador, tem uma capacidade enorme de gerar receita, e a cada real investido existe uma recompensa exponencial. A partir do momento em que o governo cria um instrumento para alimentar essa cadeia, isso é muito importante para o setor, e a população vai sentir isso”, pontua Danielle.
Nos últimos três anos, todo o processo de adequação do projeto foi elaborado e discutido com todas as esferas envolvidas, além de toda a publicidade necessária, com o objetivo de informar à população o que estava ocorrendo. Para Pradines, é natural que toda a representação do que o local já foi um dia cause comoção, mas é importante deixar alguns aspectos para trás, para avançar socioeconomicamente.
“Em seus tempos áureos o Alagoas Iate Clube foi utilizado pela iniciativa privada e nunca serviu à sociedade como um todo, sempre para um grupo específico. Durante todo esse tempo pudemos arquitetar um projeto que fosse de uso comum da população, e que trará visibilidade e reconhecimento ao nosso próprio Estado, está mais do que na hora de contar com mais esse aliado para isso”, declarou Marcos Pradines.  .

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